Pelo Acre: Na picada da BR 364

Em julho de 1998 (30.07.1998 para ser preciso), em pleno verão, a BR 364 entre Feijó e Manoel Urbano, para não exagerar muito, era um bucólico caminho de barro varando floresta e pastos, mergulhando nos rios e deixando distante a esperança de uma rodovia pavimentada. A concretização deste sonho ocorreu entre 2010 e 2015, mas  não durou muito tempo, hoje pedaços de asfaltos são entremeados com trechos em barro e/ou lama, mas que a duras penas dão tráfego a cargas e passageiros. Trata-se de uma rodovia vital que começou a ser sonhada há mais de um século, mas cuja construção pioneira só veio a ocorrer nos anos 1960/1970 pelo exército brasileiro através do 7º. BEC. Seu asfaltamento, como dito, ocorrido entre 2010-2015, não sobreviveu às agruras do clima chuvoso, dos rios-correntezas de inverno e do avanço da floresta em função da qualidade construtiva da estrada. Oxalá tenhamos tempos melhores em futuro próximo. É uma necessidade premente. Atualmente DNIT e 7º BEC lutam na recuperação da rodovia 364 dentro do Acre.

A BR-364, trecho Feijó-Manoel Urbano, com destaque para os dois caminhões de propriedade do Sr. Mário Souza (foi dito na época) e entre eles o bandeirante de Francisco Maronilson Lima da Costa, já falecido. Imagem tomada em 30.07.1998. A paisagem é dada por campos, floresta e casa em madeira com cobertura de palha. A estrada se parece mais com dois caminhos paralelos  desenhados pelo rodar dos pneus sobre o chão de barro liguento ou tabatinga, endurecido pelo rodar e pelo calor, e que passa a brilhar ao refletir a luz solar, uma imagem aparentemente romântica, mas de sofrimento por quem por aí passou e viveu. Imagem do acervo pessoal (mlc-1715B).

 

Rodovia BR 364, trecho Feijó-Manoel Urbano, em 30 de julho de 1998. Veículo bandeirante de propriedade de Francisco Maronilson Lima da Costa, já falecido. Imagem do acervo pessoal (mlc-1714).